Como tomar a decisão da internação involuntária para dependentes químicos?
Você já ouviu falar em internação involuntária? Conhece de que forma é praticada? Quais as formas legais? Nesse artigo, falaremos um pouco desse tipo de internação para dependentes químicos.
A internação involuntária é legalizada, também chamada de internação assistida, refere-se a tratamentos em dependentes químicos e psiquiátricos.
Quando a capacidade psíquica é atingida, devido ao abuso de entorpecentes, o dependente químico já não consegue se controlar. Não existe mais discernimento do certo e do errado, a doença então toma conta do corpo e da mente do paciente.
Entendendo a dependência química
- Observe a conduta da pessoa
- Saiba identificar os sinais e os sintomas da dependência química
- Identifique os sintomas e as drogas que a pessoa usa
- Tente determinar o nível de dependência da pessoa
Vamos agora adentrar um pouco mais sobre esse assunto.
Internação involuntária: como funciona?
Amparada pela Lei Federal de Psiquiatria (Nº 10.216, de 2001) é possível o uso desse tipo de intervenção. Nesse caso, os familiares do paciente podem a qualquer momento, fazer a solicitação da internação involuntária, junto com a liberação de um atestado dado pelo médico. Um dado importante a se ressaltar é que:
- O estabelecimento de saúde tem o prazo de 72 horas para notificar o Ministério Público sobre a possível internação e os motivos. Esse processo tem o objetivo de evitar a possibilidade do uso de cárcere privado.
A família precisa estar ciente dos procedimentos necessários e exigidos pela instituição que pretende fazer a internação. Averiguar se a empresa é idônea é o primeiro passo. Veja alguns dos documentos exigidos que autorizam o atendimento para dependentes químicos:
- Alvará de Funcionamento expedido pela prefeitura;
- Autorização da Vigilância Sanitária;
- Inspeção do Corpo de Bombeiros;
- Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES);
- Autorização do Conselho Regional de Medicina do Estado.
Todos esses documentos são essenciais para o funcionamento de uma clínica.
Esse processo não acontece sozinho, é indispensável que a família tome uma providência. Muito importante que se procure por clínicas que lhe assegure o bem-estar, com terapias apropriadas, que possam oferecer conforto e segurança emocional.
Em casos de resistência do dependente químico, os médico e enfermeiros estão altamente capacitados para intervir nesses casos e uma remoção de dependentes químicos se fará necessária.
Entre as opções de terapias, que podem ajudar na recuperação, englobam:
- Reuniões em grupos de apoio
- Palestras
- Arte terapia
- Prática de esportes, como: vôlei, futebol, natação e etc.
Essas são algumas das atividades que uma clínica pode oferecer, junto com uma equipe multidisciplinar formada por: médicos, enfermeiros, conselheiros, monitores, seguranças, educadores físicos entre outros. O objetivo de uma instituição desse tipo é, além de livrar o usuário das drogas, proporcionar aos pacientes, bem-estar, através das terapias que são oferecidas.
Como ajudar quem não admite o problema?
Muito comum ouvir a seguinte frase: “não preciso de tratamento”, a vontade de consumir droga é muito maior e desta forma, o apoio da família se faz necessário, junto com o auxílio profissional, no intuito de reverter à situação de forma mais benéfica e segura.
A internação involuntária deve ser uma opção quando nenhum outro tratamento trouxe resultados ou onde há risco de vida para o usuário. Essa é uma decisão delicada e deve ser analisada junto com uma equipe profissional da área da saúde.
Etapas do processo
- Desintoxicação: No início do tratamento da dependência química, o paciente passará por diversos exames essenciais para saber o real estado físico e se há danos em algum órgão do corpo. Durante essa fase, o paciente ficará em observação, sendo acompanhado pelas equipes médica e de enfermeiros, passando pelo tratamento medicamentoso para diminuir os efeitos da abstinência e agilizar a desintoxicação.
- Conscientização: aqui, nessa fase, o paciente restabelece seus valores, entra em trabalho tudo o que foi atingido pelo o uso de drogas. Faz-se um trabalho de restauração para que o indivíduo possa absorver e assimilar as mudanças de forma positiva.
- Reinserção Social: No último período do tratamento, os pacientes começam a se socializar novamente, já que no caso da internação sob dependência, a reintegração à sociedade é feita aos poucos, no intuito de não haver recaídas.
Dados sobre o uso de drogas
Uma pesquisa feita pela UNIFESP, afirma que de 170 usuários de crack:
- 62,3% gostariam de parar de usar;
- 47% revelaram que se submeteriam a um tratamento da dependência química;
- 18,8% declararam que gostariam de se submeter a um tratamento que permitisse apenas diminuir o consumo;
- 18,9% não desejam interromper ou diminuir o consumo das drogas;
- 34% manifestaram que aceitariam que o tratamento da dependência da droga envolvesse, ocasionalmente, uma internação involuntária.
Isto é, um dado muito relevante, já que 34% destes entrevistados tem essa vontade.
Como citado no início da matéria, esse procedimento está amparado pela Lei Federal, portanto, o pai, a mãe ou o responsável, pode sim, fazer uso desse tipo de opção de tratamento, na missão de ajudar uma vida, que está incapaz de manter a saúde e a sanidade mental, emocional e psicológica.
Vamos relembrar que, a internação involuntária, somente deve ser aplicada em casos em que o paciente perdeu totalmente a noção quanto a própria saúde, tendo dificuldades quanto aos discernimentos de seus atos. Esse é o ponto central para agir com foco na resolução do problema!
É preciso salientar que nesses casos, o dependente perde o interesse pelos estudos, pelo emprego, pelo convívio com familiares e parentes, não respeitando quaisquer tipos de normas e etc.
Se você está passando dificuldades por conta de ter um familiar fazendo uso de drogas e não sabe como agir, é bom procurar ajuda e em caso de necessidade, contar com nossa empresa que é especializada em remoção de dependentes químicos.
Quer mais informações? Entre em contato, estamos à disposição.